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quinta-feira, 24 de março de 2011

Saiba a importância das árvores nativas e seus benefícios

Árvores nativas são aquelas cuja presença é natural em uma região, ou seja, árvores que a natureza gerou e fez evoluir em um determinado ambiente. O fato de as espécies nativas serem naturalmente adaptadas às regiões onde ocorrem é muito importante para o equilíbrio ambiental, pois existem  complexas relações dos demais seres vivos com essas árvores.

Importantes elementos da natureza, elas são vitais para o funcionamento dos ecossistemas onde estão inseridas.

Cada espécie de árvore nativa possui características próprias e, por isso, deve ser valorizada pelos diversos benefícios que pode proporcionar. Alguns são:

• Tornam as paisagens diversificadas e exuberantes devido à multiplicidade de formas que apresentam e às épocas distintas de floração.

• Propiciam qualidade de vida, por meio do embelezamento e conforto para ambientes.

• São importantes fontes de abrigo e alimentação para a fauna nativa.

• Contribuem para o equilíbrio ecológico dos ambientes, especialmente em centros urbanos.
• Auxiliam no desenvolvimento de atividades turísticas.

• Algumas árvores nativas podem ser plantadas em conjunto com pastagens e agricultura, gerando benefícios a essas atividades. Exemplos: fornecimento de alimento e sombra para gado, proteção contra geadas, abrigo para animais predadores de pragas.

• Podem auxiliar na recuperação e adubação do solo.

• São excelentes no controle da erosão dos solos, pois funcionam como um freio contra as águas
pluviais, diminuindo o impacto das chuvas sobre a terra e impedindo a sua remoção.

• São utilizadas na medicina popular (Ex.: Cancorosa).

• São “máquinas” complexas e silenciosas que auxiliam na despoluição do ar. Pesquisas realizadas na Alemanha comprovaram que o teor de partículas de poeira em ruas arborizadas é quatro vezes menor comparado às que não possuem vegetação.

• Fornecem corantes naturais e óleos, substâncias para curtimento de couro, elaboração de perfumes e inseticidas naturais.

• Funcionam como barreiras contra ruídos.

• Aproximam a natureza das pessoas. O perfume exalado pelas flores, o efeito sonoro produzido

pelas copas e ramos das árvores quando impulsionados pelo vento, o som dos insetos e demais animais silvestres a ela associados e o canto dos pássaros podem alegrar o dia-a-dia.

Muitas árvores nativas constam da lista das espécies ameaçadas de extinção, pois foram exploradas abusivamente no passado, principalmente aquelas que fornecem madeiras com múltiplas utilidades e de grande valor econômico. Por questões naturais, algumas árvores ocorrem em ambientes mais restritos na natureza (Ex.: Grápia) e tornaram-se ainda mais raras devido à destruição das formações florestais onde elas existiam naturalmente.

Qualquer árvore gera benefícios ambientais, seja ela nativa ou exótica (originária de outros países), mas algumas espécies se destacam e, por isso, são consideradas “árvores nobres”

Conheça algumas árvores nativas do Rio Grande do Sul:

UVAIA


Nome científico: Eugenia pyriformis
Família : Myrtaceae


Uvaia flor

Características: Frutífera nativa, de porte médio, medindo de 5m a 15m de altura, bastante ornamental e de crescimento lento. O tronco é reto, claro e escamoso. As folhas são perenes e de cor verde-clara. As flores são brancas e a floração ocorre de novembro a janeiro. Os frutos, de cor amarela, achatados, são muito suculentos. A frutificação ocorre nos meses de janeiro e fevereiro. As sementes são grandes e de cor branca. As cascas são aromáticas. Tem vasta e expressiva dispersão no Rio Grande do Sul, podendo ser encontrada nas regiões do Alto Uruguai, Planalto, Depressão Central e no Escudo Rio-grandense.
A árvore fornece frutos saborosos, muito atraentes para a avifauna e mamíferos. Eles servem, também, para a elaboração de doces, refrescos e sorvetes.


Onde plantar: Em locais com boa luminosidade e pouco sombreamento, pois na floresta sombria ela não se desenvolve. Por produzir muitos frutos, seu plantio em calçadas é desaconselhado.


Curiosidades: • Na língua Tupi-guarani a uvaia é chamada de Ybá-aí, que significa fruto ácido.


Uvaia- Sementes

GUABIJU

Nome científico: Myrcianthes pungens

Família: Myrtaceae




Características: No Rio Grande do Sul ocorre, principalmente, nas bacias dos Rios Uruguai e Jacuí. É freqüente nas matas ciliares no Oeste do Estado. Esta frutífera apresenta crescimento lento e pode atingir altura em torno de 20 metros e diâmetro de até 60cm. Produz abundantes frutos saborosos que são importantes para a alimentação da fauna. Suas flores são brancas e surgem de setembro a novembro. O tronco é levemente áspero e marrom acinzentado. A casca é lisa e pouco espessa. O fruto contém de uma a duas sementes grandes, envolvidas por uma massa açucarada aromática. Quando amadurece, nos meses de janeiro a março, é de cor roxo-escura e de casca grossa. É uma árvore tipicamente do interior da floresta.



Onde plantar: Preferencialmente em locais onde receba algum sombreamento.
Curiosidades: Em Tupi-guarani o guabiju é conhecido como Ygua-pi-ju, que significa fruto-da-casca-rija.
GUABIROBA



A gabirobeira vive em clima tropical quente, com baixo índice pluviométrico. Devendo estar sempre exposta ao sol. A propagação se dá através de sementes, que devem ser semeadas logo após a extração do fruto porque perdem rapidamente a capacidade germinativa. Pode ser cultivada em canteiros. Não é exigente quanto ao solo, crescendo inclusive em terrenos pobres. A colheita geralmente ocorre no mês de novembro. No entanto, quando é cultivada, apresenta maior preferência pelos solos do tipo vermelho-amarelo. A necessidade de água é moderada. Os frutos podem ser conservados em sacos plásticos na geladeira ou congelado

A gabirobeira vive em clima tropical quente, com baixo índice pluviométrico, devendo estar sempre exposta ao sol. Não é exigente quanto ao solo, crescendo inclusive em terrenos pobres. No entanto, quando é cultivada, apresenta maior preferência pelos solos do tipo vermelho-amarelo. A necessidade de água é moderada.

A propagação se dá através de sementes, que devem ser semeadas logo após a extração do fruto porque perdem rapidamente a capacidade germinativa. Pode ser cultivada em canteiros.

A colheita geralmente ocorre no mês de novembro. Os frutos podem ser conservados em sacos plásticos na geladeira ou congelador.

CEREJEIRA

Nome científico: Eugenia involucrata

Família: Myrtaceae


Características: É típica no interior das florestas densas e é encontrada nas principais formações florestais do Rio Grande do Sul. Atinge em torno de 15 metros de altura e, eventualmente, até 20 metros. O tronco da árvore é reto e cilíndrico.
A casca é lisa e descama intensamente.  A copa é estreita e alongada, possuindo densa folhagem verde-escura na face superior e mais clara na inferior.
Apresenta vistosas flores brancas, que florescem nos meses de setembro a outubro.
Os frutos são deliciosos, lisos e de coloração negro-vinácea.
Amadurecem de outubro a dezembro. No seu interior, encontra-se uma ou duas sementes de cor branca.

Onde plantar:
O ideal é que seja plantada em locais com bom sombreamento. A espécie apresenta crescimento lento e prefere solos férteis, profundos e bem drenados.
Curiosidades: Os frutos da cerejeira podem ser utilizados para elaboração de geléias e licores.


• O papagaio-charão (Amazona petrei), ameaçado de extinção, alimenta-se do fruto da cerejeira, mas aprecia também as frutas da uvaia e do guabiju e as gemas florais do ipê.

Fonte: Cartilha SEMA







































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