O Bisfenol A é um composto usado na fabricação de plásticos e revestimentos de outros materiais. Conforme mostram pesquisa, a presença desse químico no organismo humano pode causar anomalias hormonais e outras doenças, como o câncer
.A discussão sobre a eliminação do BPA, como é conhecido o Bisfenol A, do processo de manufatura do plástico é constante em âmbito internacional. No Canadá, na França, na Dinamarca e na Costa Rica, por exemplo, é proibido fazer uso desse elemento para a fabricação de mamadeiras, outras nações estudam seguir o mesmo caminho.
No Brasil, o assunto ainda é pouco conhecido e ignorado por autoridades e diversos setores da indústria. As discussões são recentes e foram trazidas para o território nacional através da dupla Fabiana Dupont e Fernanda Medeiros, tradutora e jornalista, respectivamente, através do site “O tao do consumo”.
O espaço eletrônico é usado para informar a população sobre os riscos que o BPA pode trazer à saúde, mostrar como é possível se mobilizar contra as indústrias que se apóiam no uso deste químico e quais são as alternativas existentes para substituir o plástico.
“Hoje, nos Estados Unidos existem 80 mil químicos usados na indústria, só 200 foram estudados com profundidade e apenas três foram proibidos”, explica Fabiana, argumentando que boa parte dos efeitos que esses elementos podem causar à saúde, sequer são conhecidos ou foram analisados. Portanto, “é preciso buscar alternativas”, acrescenta ela.
O Bisfenol A age como um hormônio no organismo, por isso, os mais afetados por ele são as crianças e bebês que ainda estão com o sistema endócrino em formação. Além disso, os bebês também são os que mais absorvem o BPA. Segundo Natalie Von Götz, pesquisadora do Institute os Chemistry and Bioengineering, quando os bebês utilizam mamadeira com Bisfenol A, eles chegam a ingerir 0,8 microgramas do aditivo, quantidade abaixo dos níveis permitidos, mas mesmo assim preocupantes.
Fonte: http://www.crqv.org.br/php/index.php?link=2&sub=1&id=351
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